O MUSSEKADO, O IKONOKLASTA E A MAKA DA REPRESENTAÇÃO DO SUBALTERNO
In: Revista de Estudos Literários, Jg. 5 (2015-07-01)
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Este ensaio propõe-se a discutir a problemática da representação do subalterno no rap revu angolano produzido na atualidade por dois MCs oriundos de espaços sociais divergentes: MCK e Ikonoklasta. MCK é produto do musseque e apresenta-se como “mussecado de raiz”, localizando o seu discurso neste espaço social. Ele é o subalterno angolano que consegue autorrepresentar-se – transpondo, através das novas tecnologias da comunicação, a equação de Spivak, segundo a qual, o subalterno, sem mediação, estaria irremediavelmente silenciado. Contudo, ao pretender representar Angola como um todo, MCK adentra a problemática da representação do subalterno. Ikonoklasta é um MC oriundo de um espaço social privilegiado ligado às estruturas de poder que, ao criticar essas estruturas posiciona-se à margem, como porta-voz do subalterno. Este ensaio pretende equacionar, dentro daquilo que Linda Alcoff defi ne como “accountability” e “responsability”, o papel de representação por parte destes intelectuais orgânicos (cf. Gramsci) como alternativa ao silêncio do subalterno instaurado na poesia angolana pós-independência. Devem ou não estes MCs falar pelo subalterno?
Titel: |
O MUSSEKADO, O IKONOKLASTA E A MAKA DA REPRESENTAÇÃO DO SUBALTERNO
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Autor/in / Beteiligte Person: | Luís, Solange |
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Zeitschrift: | Revista de Estudos Literários, Jg. 5 (2015-07-01) |
Veröffentlichung: | Imprensa da Universidade de Coimbra, 2015 |
Medientyp: | academicJournal |
ISSN: | 2183-847X (print) ; 2182-1526 (print) |
DOI: | 10.14195/2183-847X_5_8 |
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