O impacto do corredor bucal na perceção da estética: perspetiva de leigos e médicos dentistas

Objetivo: Avaliar se variações na largura do corredor bucal (LCB) afeta a auto perceção de atratividade do sorriso para os Leigos e Médicos Dentistas (MD) de três países (Portugal, França e Itália), assim como se a idade, o género dos participantes, e a área de atuação dos MD são fatores relevantes nessa avaliação. Métodos: Estudo transversal, aprovado pela Comissão de Ética da Universidade Fernando Pessoa. O estudo utilizou um modelo facial simétrico (MFS) para garantir que o único fator que influenciou a atratividade fosse a LCB. No total foram criadas 6 imagens com diferentes graus LCB. Participantes: Portugueses (204 Leigos/ 195 MD), Italianos (204 Leigos/ 210MD) e Franceses (214 Leigos/ 199 MD) preencheram o questionário online onde classificaram a auto perceção de atratividade das 6 imagens (escala visual analógica VAS: 0-10). Análise de dados com comparações não-paramétricas (IBM© SPSS® Statistics vs. 28.0, p<0.05). Resultados: Verificaram-se diferenças significativas entre Leigos e MD, e MD ligados à estética e MD não ligados a estética sendo os MD ligados a estética os mais críticos. Detetaram-se diferenças significativas entre os participantes por o fator da idade onde, os Leigos com <=45 consideraram as imagens como mais atrativas e ao contrario, os MD com idade >45 anos, consideraram as imagens como mais atrativas. Considerando o género dos participantes e os diferentes países, em Itália e em Portugal o género feminino foi mais crítico/exigente. Conclusões: Demonstrou-se que o corredor bucal tem influência na atratividade do sorriso e que entre MD e Leigos preferiram sorrisos mais largos a sorrisos estreitos. Foi demostrado um possível limiar clínico de 10% LCB onde o sorriso pode resultar menos agradável. A área de atuação influencia os MD, em que os MD ligados à estética foram mais críticos. A idade e género foram fatores que influenciaram a perceção da atratividade do sorriso demostrado que entre vários países há diferença de perceção de atratividade.

Objective: To evaluate whether variations in the buccal corridor space (BCS) affect the perception of smile attractiveness assessed by layperson and dentists (MD) coming from three countries (Portugal, France and Italy), as well as the age, gender and area of practice of MDs are relevant factors in this evaluation. Methods: Cross-sectional study, approved by the Ethics Committee of Fernando Pessoa University. The study utilized a symmetrical facial model (MFS) to guarantee that the only factor affecting attractiveness was the BCS. A total of 6 images were created with different degrees of BCS. Participants: Portuguese (204 Laypersons/ 195 MD), Italian (204 Laypersons/210MD) and French (214 Laypersons/ 199 MD) completed the online survey where they rated the self-perception of attractiveness of the 6 images (VAS scale: 0-10). Data analysis with nonparametric comparisons (IBM© SPSS® Statistics vs. 28.0, p<0.05). Results: Significant differences were found between MD and laypersons, and aesthetic and non-aesthetic MD with aesthetic MD being the most demanding. Significant age differences were found between participants, as while Laypersons aged ≤45 years considered the images to be more attractive and, on the contrary, MDs aged >45 years considered the images to be more attractive. Considering the gender of the participants and the different countries, in Italy and Portugal the female gender was more demanding. Conclusions: It was shown that the mouth corridor has an influence on smile attractiveness and that among MD and Layperson, both preferred wider smiles to narrow smiles. A possible clinical threshold of 10% BCS was demonstrated where the smile may result less pleasing. The area of practice has an influence on MDs, where MDs linked to aesthetics were more demanding. Age and sex were factors that influenced the perception of smile attractiveness, demonstrating that there is a difference in the perception of attractiveness between various countries.