Ornament and Nonsense. Wittgenstein’s architecture and Wittgenstein’s early philosophy
2022
Online
unknown
Zugriff:
Between 1926 and 1928, the philosopher Ludwig Wittgenstein designed a house for his sister in Vienna (the Kundmanngasse). This thesis aims at clarifying the relation between that house and Wittgenstein’s early philosophy. I will argue that the connection between them ought to be construed in an indirect manner, giving equal importance to the interpretation of Wittgenstein’s Tractatus Logico-Philosophicus (1921/1922) and his cultural milieu. I will start by providing some background information and an overview of what has been said on the subject. I will then turn to a remark from Diktat für Schlick (c. 1932) where Wittgenstein proposes an analogy between ornaments and nonsensical sentences. Using this analogy as a clue, I will address the hypothesis that the Kundmanngasse was designed within an architectural equivalent of the sign-language envisaged in the Tractatus. I will take this hypothesis as far as possible and conclude that it is not promising. I will then go back to the analogy and, following Wittgenstein’s parenthetical recognition of his influence, turn to Adolf Loos’s writings. This will provide a different way of understanding the analogy, focused, not on actual ornaments and nonsensical sentences, but on how Loos and Wittgenstein use the notions. I will argue that, so understood, the analogy favors the (so-called) resolute reading of the Tractatus. I will then turn to Wittgenstein’s remarks on architecture and argue that he and Loos endorsed a qualified form of architectural functionalism. This will allow me to claim that the connection between the Kundmanngasse and the Tractatus lies in both being the result of Wittgenstein’s striving for self-understanding and improvement.
Entre 1926 e 1928, o filósofo Ludwig Wittgenstein desenhou uma casa para a sua irmã em Viena (a Kundmanngasse). Esta tese visa compreender a relação entre essa casa e a primeira filosofia de Wittgenstein. Argumentarei que essa relacção deve ser concebida de modo indirecto, dando igual importância à interpretação do Tractatus Logico-Philosophicus (1921/1922) e ao contexto cultural do autor. Começarei por apresentar alguma informação a respeito da casa e de como foi recebida, bem como uma perspectiva geral do que foi dito sobre ela e sobre a sua relação com o Tractatus. Depois, focar-me-ei numa passagem de Diktat für Schlick (c. 1932), na qual Wittgenstein propõe uma analogia entre ornamentos e frases sem sentido (unsinnig). Tomando esta analogia como guia, desenvolverei a hipótese de acordo com a qual a Kundmanngasse foi desenhada no âmbito de um equivalente arquitectónico da linguagem formal proposta no Tractatus. Levarei esta hipótese tão longe quanto possível e concluirei que não é promissora. Voltarei então à analogia e, fazendo notar que Wittgenstein reconhece a sua influência num parêntesis, centrar-me-ei nos textos de Adolf Loos. Isto permitirá compreender a analogia de outra forma, focada, não nas características de ornamentos e frases sem sentido, mas no modo como Loos e Wittgenstein usam as noções. Argumentarei que, entendida desta forma, a analogia favorece a (como é conhecida) leitura resoluta do Tractatus. Focar-me-ei de seguida nas observações de Wittgenstein sobre arquitectura e argumentarei que tanto a ele quanto a Loos pode ser atribuída uma versão qualificada de funcionalismo arquitectónico. Isto permitir-me-á afirmar que o que une a Kundmanngasse e o Tractatus é ambos serem o resultado de esforços envidados por Wittgenstein para se auto-conhecer e aperfeiçoar.
Titel: |
Ornament and Nonsense. Wittgenstein’s architecture and Wittgenstein’s early philosophy
|
---|---|
Autor/in / Beteiligte Person: | Henriques, Raimundo Ferreira ; Tamen, Miguel Bénard da Costa ; Repositório da Universidade de Lisboa |
Link: | |
Veröffentlichung: | 2022 |
Medientyp: | unknown |
Schlagwort: |
|
Sonstiges: |
|